sábado, 31 de outubro de 2009

Eu sabia que não iria durar muito

Eu sabia

E durou até mais do que imaginava ou esperava

Queria experimentar, sentir

Foi muito bom o que senti (é muito bom)

Tentei de todas as formas ser forte

Eu tentei

Mas coisas começaram a mudar

Saíram do meu controle

Algo mudou

Alguém balançou

Agora eu tenho que escolher

Decidir

Logo eu

Tão indecisa

Tão sem coragem

Porque eu?

Logo eu

Encontrei um espelho, mas eu ele não reflete minha fisionomia.

Não mostra se estou ou não em forma. E tão pouco vai dizer quando minhas primeiras rugas tocarem meu rosto.

Esse espelho mostra como sou de verdade, sem meias palavras e sem bajulação.

Mostra como sou frágil, durante as adversidades da vida. Como sou um tanto quanto confusa, em relação a minhas decisões. Como sou medrosa, apesar de me fazer de forte. Afinal, tenho medo de fazer escolhas e depois me arrepender.

Mas a vida tem que ser feita de escolhas?

Vivo num dilema diário, pensamentos tomam conta de minha mente.

Sou questionada, avaliada, observada diariamente. Isso me sufoca.

Será que todos estão certos?

Por que sempre eu estou errada ou colocada em dúvida? É errado pensar da forma como eu sinto as coisas? É errado viver da forma que quero?

Quem é a verdade?

Quem é a razão?

Há respostas?

Há solução?

Qual o caminho?