quinta-feira, 3 de julho de 2014

Amo suas linhas tortas. 
Admiro seus arranha-céus incertos.
Suas caras pintadas e, por que não dizer, mascaradas escondem-se entre as caras amarradas, que têm os olhos fixados no chão.
Quanta concentração.
As buzinas ensurdecedoras e seu silêncio hipnotizante sintonizam uma rádio constante.
Quem a entende São Paulo?
Adormeço no balançar do vagão na mesma frequência com que sou acordada com o cutucar de quem me avisa a hora de desembarcar. O tempo não pode parar.
Como viver em ti São Paulo?
Seus aromas e diversos sabores atiçam meu paladar. Mas, como parar se o relógio não quer colaborar?
Como essas pernas não se embaraçam com tamanha andança.
Corre, pula, sobe, desce, anda....ufa. Para.
Que estranha dança.
Como viver sem ti São Paulo?
Se aqui não temos o Cristo de braços abertos, temos a mão erguida oferecendo oportunidade para quem tem força de vontade.
Obrigada São Paulo!