Dedos cruzados. Pernas inquietas. O coração? Coitado... estava na garganta. Nenhum som podia emitir, estava no ônibus voltando para casa e ali muitos não me entenderiam ou me fuzilariam com seus olhos sonolentos, sem entender a importância daquele momento.
O caminho para casa parecia mais longo. Minha ansiedade e agonia não permitiram que eu tirasse o meu cochilo rotineiro, que muitas vezes me fez passar do ponto certo.
Precisava chegar logo em casa, era uma questão de vida ou morte.
Cheguei! Desci rapidamente do ônibus, a chave do portão já estava engatilhada, mesmo assim, o nervosismo não deixou que eu acertasse a fechadura.
Subi as escadas correndo, abrir a porta da sala e sem retirar a mochila das costas, fiz o que esperava a 90 minutos...
Assistir ao jogo do Corinthians contra o Botafogo.
sábado, 31 de maio de 2008
Não era a primeira vez que assistir a uma semifinal com o Corinthians, mas o jogo contra o Botafogo tinha um sabor diferente.
Em 2007, sofremos com o rebaixamento para a série B e a corrupção correu solta no Parque São Jorge. Esse era o momento de mostrarmos que temos condições de voltar de onde nunca deveríamos ter saído.
Tínhamos perdido o 1º jogo por 2 a 1, com um gol nos instantes finais da partida.
A torcida cooperou e rapidamente esgotou os ingressos para a partida de volta.
Dentro de campo tínhamos que fazer um gol, apenas um, seria o suficiente para chegarmos à final da Copa do Brasil e quem sabe a tão sonhada Copa Libertadores. Mas estamos desfalcados, faltavam quatro titulares. A situação não era das melhores...
O jogo foi do jeito que a torcida gosta...
Corinthians começou o jogo impondo seu ritmo e teve boas chances de marcar ainda na 1º etapa.
Segundo tempo começa com Mano Menezes já expulso, coloca Acosta no lugar de Fábio Ferreira. Devo confessar que ouvir o nome de Acosta, não foi muito confortável, mas para calar minha boca...
Aos 7 minutos, depois do cruzamento de Herrera, Acosta faz a galera vibrar, afinal era o gol da classificação.
Pela rádio conseguia imaginar a alegria da torcida, da mesma forma também imaginei e senti a frustração que silenciou o Morumbi, 3 minutos depois com o gol de Renato Silva. Assim como o símbolo do time, havia alguns torcedores solitários comemorando a possível virada de mesa, o empate favorecia o Botafogo.
A partir daí foi só sofrimento, ouvir uma semifinal pela rádio, dentro de um ônibus, sem esboçar nenhuma reação... foi demais pra mim.Ainda dentro do ônibus, gritei “calada” ao gol de Chicão, que levaria o jogo aos pênaltis.
Querendo tirar o corpo fora, o juiz termina o jogo sem acréscimos.
E lá vamos nós...
Nessa hora vale tudo: ajoelhar na sala, cruzar os dedos (incluindo dos pés), apertar o santinho, como se a cada apertão “ele” fosse ajudar cada pênalti convertido a nosso favor.
Os goleiros como se estivessem ensaiando, saíram para o mesmo lado, tirando um peso das costas dos batedores, que agradeciam aos céus.
Cansado de brincar, Felipe acertou o canto e rebateu o chute de Zé Roberto. Ufa, estávamos na final. Aliviados?
Até o próximo apito. Terei tempo de lavar a camiseta da sorte, afinal superstição nunca é demais.
Em 2007, sofremos com o rebaixamento para a série B e a corrupção correu solta no Parque São Jorge. Esse era o momento de mostrarmos que temos condições de voltar de onde nunca deveríamos ter saído.
Tínhamos perdido o 1º jogo por 2 a 1, com um gol nos instantes finais da partida.
A torcida cooperou e rapidamente esgotou os ingressos para a partida de volta.
Dentro de campo tínhamos que fazer um gol, apenas um, seria o suficiente para chegarmos à final da Copa do Brasil e quem sabe a tão sonhada Copa Libertadores. Mas estamos desfalcados, faltavam quatro titulares. A situação não era das melhores...
O jogo foi do jeito que a torcida gosta...
Corinthians começou o jogo impondo seu ritmo e teve boas chances de marcar ainda na 1º etapa.
Segundo tempo começa com Mano Menezes já expulso, coloca Acosta no lugar de Fábio Ferreira. Devo confessar que ouvir o nome de Acosta, não foi muito confortável, mas para calar minha boca...
Aos 7 minutos, depois do cruzamento de Herrera, Acosta faz a galera vibrar, afinal era o gol da classificação.
Pela rádio conseguia imaginar a alegria da torcida, da mesma forma também imaginei e senti a frustração que silenciou o Morumbi, 3 minutos depois com o gol de Renato Silva. Assim como o símbolo do time, havia alguns torcedores solitários comemorando a possível virada de mesa, o empate favorecia o Botafogo.
A partir daí foi só sofrimento, ouvir uma semifinal pela rádio, dentro de um ônibus, sem esboçar nenhuma reação... foi demais pra mim.Ainda dentro do ônibus, gritei “calada” ao gol de Chicão, que levaria o jogo aos pênaltis.
Querendo tirar o corpo fora, o juiz termina o jogo sem acréscimos.
E lá vamos nós...
Nessa hora vale tudo: ajoelhar na sala, cruzar os dedos (incluindo dos pés), apertar o santinho, como se a cada apertão “ele” fosse ajudar cada pênalti convertido a nosso favor.
Os goleiros como se estivessem ensaiando, saíram para o mesmo lado, tirando um peso das costas dos batedores, que agradeciam aos céus.
Cansado de brincar, Felipe acertou o canto e rebateu o chute de Zé Roberto. Ufa, estávamos na final. Aliviados?
Até o próximo apito. Terei tempo de lavar a camiseta da sorte, afinal superstição nunca é demais.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Nascida em uma família católica, desde pequena freqüento a igreja. Batismo, catequese e crisma, passei por quase todos os sacramentos, devo confessar que foi cansativo e muitas vezes fui levada à força. Essa formação religiosa, de certa forma foi imposta pelos meus pais, não os critico já que o papel deles é mostra os caminhos que acreditam e eu devo escolhê-los ou não.
Sempre questionei algumas coisas que para a igreja Católica não são aceitas como o uso de camisinha e anticoncepcional, principalmente no mundo em que vivemos, onde milhões de pessoas morrem por causa do vírus HIV e de jovens que se tornam pais cada vez mais cedo. É claro que outras religiões são questionadas – porque proibir o uso de calças e o corte de cabelo entre as mulheres? Porque tantas guerras e sofrimento em nome da religião, se temos apenas um Deus?
Religião não deve ser tratada como comercio, é claro que não vejo mal ao comprar um terço, ou pingente com imagens religiosas, mas exigir dinheiro como condição de rendição dos pecados. Já é demais.
Prefiro não discutir o tema “religião”, pois é algo muito pessoal, cada um tem direito de acreditar no que quer e da forma que quer. Esse tipo de discursão só traz desavenças e meche em feridas.
Quando questionada: “qual a sua religião?” Respondo que sou católica, mas não “fervorosa”, daquelas que vai à igreja todo o final de semana e que se confessa todo ano, acredito que Deus está em todos os lugares e não acho que um padre seja tão livre de pecados que possa ouvir os meus, que não são poucos...Ainda mais agora com tantos casos de pedofilia e corrupção sendo noticiados nos jornais.
Já freqüentei centros espíritas, acredito que haja vida pós-morte e vidas passadas, tenho curiosidade em conhecer outras religiões, leio meu horóscopo todos os dias, sempre que posso consulto outros meios esotéricos, acredito em santos, mas não venero imagens, não quero fechar meus olhos para uma verdade absoluta. Nos momentos de tristeza procuro fazer uma oração ou ler um salmo. Acredito que haja uma força superior, mas não sei se tem esse rosto que já foi nos imposto.
Para os cientistas a religião é algo criado pelo homem, para que ele possa explicar as mazelas da vida, quem nunca ouviu “se Deus quiser...” ou “foi Deus que quis assim”.
Eu acredito e tenho fé que exista algo maior que rege todas coisas no mundo, mas que nós colhemos o que plantamos e sempre somos testados.
Assim seja, amém...
Sempre questionei algumas coisas que para a igreja Católica não são aceitas como o uso de camisinha e anticoncepcional, principalmente no mundo em que vivemos, onde milhões de pessoas morrem por causa do vírus HIV e de jovens que se tornam pais cada vez mais cedo. É claro que outras religiões são questionadas – porque proibir o uso de calças e o corte de cabelo entre as mulheres? Porque tantas guerras e sofrimento em nome da religião, se temos apenas um Deus?
Religião não deve ser tratada como comercio, é claro que não vejo mal ao comprar um terço, ou pingente com imagens religiosas, mas exigir dinheiro como condição de rendição dos pecados. Já é demais.
Prefiro não discutir o tema “religião”, pois é algo muito pessoal, cada um tem direito de acreditar no que quer e da forma que quer. Esse tipo de discursão só traz desavenças e meche em feridas.
Quando questionada: “qual a sua religião?” Respondo que sou católica, mas não “fervorosa”, daquelas que vai à igreja todo o final de semana e que se confessa todo ano, acredito que Deus está em todos os lugares e não acho que um padre seja tão livre de pecados que possa ouvir os meus, que não são poucos...Ainda mais agora com tantos casos de pedofilia e corrupção sendo noticiados nos jornais.
Já freqüentei centros espíritas, acredito que haja vida pós-morte e vidas passadas, tenho curiosidade em conhecer outras religiões, leio meu horóscopo todos os dias, sempre que posso consulto outros meios esotéricos, acredito em santos, mas não venero imagens, não quero fechar meus olhos para uma verdade absoluta. Nos momentos de tristeza procuro fazer uma oração ou ler um salmo. Acredito que haja uma força superior, mas não sei se tem esse rosto que já foi nos imposto.
Para os cientistas a religião é algo criado pelo homem, para que ele possa explicar as mazelas da vida, quem nunca ouviu “se Deus quiser...” ou “foi Deus que quis assim”.
Eu acredito e tenho fé que exista algo maior que rege todas coisas no mundo, mas que nós colhemos o que plantamos e sempre somos testados.
Assim seja, amém...
Um desafio foi lançado: conhecer algum lugar que nunca tinha visitado ou fazer um caminho diferente que habitualmente não faço e dê quebra escrever algo sobre.
No primeiro momento não é uma tarefa difícil, já que diversidade é palavra-chave da capital paulista, e podemos dizer isso em todas às áreas: gastronomia, cultura, esporte, lazer e tantas outras.
Mas como fazer isso se minha vida se resume em trabalho, escola e ônibus? Quando chega o tão esperado final de semana, não muito contente estudo mais um pouco e o tempo que resta aproveito para ficar em e recordar quem são os membros da minha família!
Mas estava com sorte e no sábado, no mesmo dia em que foi dado o exercício, tinha combinado em ir visitar um amigo que mora em Pirituba. Como nunca tinha ido a sua casa, ele me ensinou o caminho. Teria que pegar o ônibus “Jaraguá”, que sai do Vale do Anhangabaú, assim que vi o nome do ônibus a primeira coisa que me veio à mente foi o Pico do Jaraguá, que fica muito, mas muito longe de onde moro. Mas isso não me preocupou já que meu amigo havia tido que morava em Pirituba e até aí eu já conhecia.
Fiz questão de ir sentada, pois apesar de não demorar muito, minha mochila estava pesada. Deveria descer no ponto da padaria Ipanema, quando percebi que já estava em Pirituba, me levantei e fui em direção da porta, o ônibus já estava cheio, mas consegui ficar próxima a porta sem que atrapalhasse os demais. Pedi que o cobrador me avisasse quando chegasse a tal padaria. Povo desce povo sobe, e eu lá balançando no ônibus, já fazia 20 minutos que estava ali e nada do cobrador me avisar. Preocupado, perguntei a uma moça que estava do meu lado se faltava muito para chegar na padaria Ipanema, foi quando ela me disse que estava muito longe: “ih... tá longe vai demorar uns 40 minutos ainda, é o penúltimo ponto do ônibus!”
Aquela altura do campeonato, minha mochila estava pesando uma tonelada e o sol estralando lá fora. Conheci todos os cantos de Pirituba, passei próximo ao terminal de ônibus, estação de trem, bairros mais nobres outros nem tanto, subi e desci ponte. Por um instante tive a impressão que estava em outra cidade, até por uma rodovia o ônibus passa.
Mas a minha ficha só caiu quando pela janela eu vi o Parque do Jaraguá, ou seja, o local que eu mais temia estava na minha frente e nem cheiro da padaria. Foram os 40 minutos mais intermináveis da vida, ainda mais naquelas condições. A moça que eu havia pedido ajuda, achando que iria me consolar disse: “quando está transito demora quase duas horas...”.
Quando finalmente o cobrado falou as palavras mágicas: “o próximo você desce”. Nem acreditei que havia chegado, fiquei tanto tempo em pé que não sentia mais minhas pernas.
Não demorou muito meu amigo chegou, por pouco não o estrangulei. No final valeu a experiência, conheci alguns pontos de Pirituba e até o Parque do Jaraguá, que alias já marcamos um passeio para conhecer melhor, só que agora do lado de dentro.
No primeiro momento não é uma tarefa difícil, já que diversidade é palavra-chave da capital paulista, e podemos dizer isso em todas às áreas: gastronomia, cultura, esporte, lazer e tantas outras.
Mas como fazer isso se minha vida se resume em trabalho, escola e ônibus? Quando chega o tão esperado final de semana, não muito contente estudo mais um pouco e o tempo que resta aproveito para ficar em e recordar quem são os membros da minha família!
Mas estava com sorte e no sábado, no mesmo dia em que foi dado o exercício, tinha combinado em ir visitar um amigo que mora em Pirituba. Como nunca tinha ido a sua casa, ele me ensinou o caminho. Teria que pegar o ônibus “Jaraguá”, que sai do Vale do Anhangabaú, assim que vi o nome do ônibus a primeira coisa que me veio à mente foi o Pico do Jaraguá, que fica muito, mas muito longe de onde moro. Mas isso não me preocupou já que meu amigo havia tido que morava em Pirituba e até aí eu já conhecia.
Fiz questão de ir sentada, pois apesar de não demorar muito, minha mochila estava pesada. Deveria descer no ponto da padaria Ipanema, quando percebi que já estava em Pirituba, me levantei e fui em direção da porta, o ônibus já estava cheio, mas consegui ficar próxima a porta sem que atrapalhasse os demais. Pedi que o cobrador me avisasse quando chegasse a tal padaria. Povo desce povo sobe, e eu lá balançando no ônibus, já fazia 20 minutos que estava ali e nada do cobrador me avisar. Preocupado, perguntei a uma moça que estava do meu lado se faltava muito para chegar na padaria Ipanema, foi quando ela me disse que estava muito longe: “ih... tá longe vai demorar uns 40 minutos ainda, é o penúltimo ponto do ônibus!”
Aquela altura do campeonato, minha mochila estava pesando uma tonelada e o sol estralando lá fora. Conheci todos os cantos de Pirituba, passei próximo ao terminal de ônibus, estação de trem, bairros mais nobres outros nem tanto, subi e desci ponte. Por um instante tive a impressão que estava em outra cidade, até por uma rodovia o ônibus passa.
Mas a minha ficha só caiu quando pela janela eu vi o Parque do Jaraguá, ou seja, o local que eu mais temia estava na minha frente e nem cheiro da padaria. Foram os 40 minutos mais intermináveis da vida, ainda mais naquelas condições. A moça que eu havia pedido ajuda, achando que iria me consolar disse: “quando está transito demora quase duas horas...”.
Quando finalmente o cobrado falou as palavras mágicas: “o próximo você desce”. Nem acreditei que havia chegado, fiquei tanto tempo em pé que não sentia mais minhas pernas.
Não demorou muito meu amigo chegou, por pouco não o estrangulei. No final valeu a experiência, conheci alguns pontos de Pirituba e até o Parque do Jaraguá, que alias já marcamos um passeio para conhecer melhor, só que agora do lado de dentro.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
17 horas. Perto de mais um final de tarde de aparente tranqüilidade, no país Tupiniquim.
Os aeroportos Salgado Filho e Congonhas trabalham em força total, apesar da frente fria que trouxe uma chuva fina, mas continua. Como de costume mais em grupo de pessoas vão fazer uma viagem de pouco mais de uma hora, de Porto Alegre até São Paulo.
No airbus A-320 da Tam, há 180 pessoas, entre funcionários e passageiros. Pessoas desconhecidas, com histórias diferentes, alguns viajam a negócios, estudos, férias ou apenas com a intenção de visitar um familiar.
O vôo 3054 decola às 17hs16 da capital gaúcha, mas ao chegar a metrópole paulista às 18hs40, o piloto não consegue pousar e tenta levantar vôo novamente. Tarde demais.
A aeronave sobrevoa a Av Washington Luiz, uma das mais movimentadas da capital e colide com o depósito de cargas da Tam, que funciona 24 horas por dia.
Uma grande explosão silencia a frenética São Paulo.
Bombeiros são acionados, tentam apagar o fogo e evitar maiores explosões. Funcionários da Tam Express gritam em busca de ajuda, o desespero faz com que alguns pulem do edifício em chamas.
A notícia se espalha por todo o mundo e a esperança de sobreviventes é aos poucos descartada.
200 é o numero de vitimas estipulado pelo Corpo de Bombeiros.
Representantes de outros países enviam mensagens de apoio ao presidente da República, que decreta três dias de luto.
Hipóteses são levantadas: falha humana? mecânica? más condições na pista de aterrissagem?
Um verdadeiro caos aéreo, que a menos de 11 meses tirou a vida de 154 pessoas que estavam no Boeing 737 da Gol, que se dirigia ao Rio de Janeiro e colidiu com o jato Legacy ao sobrevoar Amazônia. Acidente este que até o momento não tem explicações.
Até quando vamos suportar essa situação?
Quantas pessoas mais vão perder suas vidas devido à bagunça aérea no Brasil?
Digo bagunça, pois há um mês o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não há caos aéreo e sim o “aumento do fluxo de tráfego por causa da prosperidade do país”.
Que prosperidade é essa, que causa a morte de centenas de pessoas, atraso de vôos com mais de duas horas e que obriga seus funcionários a trabalharem 30 dias sem descanso?
Mas, há quem diga, que houve investimentos no aeroporto de Congonhas, afinal foram gastos cerca de R$ 30 milhões em sua última obra, que foi liberada no dia 29 de junho, mesmo sem o grooving, ranhuras que melhoram o escoamento de água e aumentam a aderência dos pneus do avião.
Será que é mais importante a preocupação com o conforto dos passageiros, que ficam horas esperando o embarque, do que a segurança de suas vidas? Por que não entregaram primeiro as ranhuras da pista, ao invés das melhorias nas salas de embarque que foram realizadas na primeira fase da obra?
Até quando o chamado “crescimento econômico” será mais importante que a vida dos brasileiros?
Congonhas foi inaugurado na década de 70, distante do centro urbano, tinha boa visibilidade e terreno que permitiria a construção de quatro pistas. Em 1990 tornou-se o aeroporto mais movimentado do país, cercado de prédios comercias e residências, atualmente funciona acima de sua capacidade, cerca de 18 milhões de passageiros por ano.
Culpados? Após o trágico acidente, assistimos a um verdadeiro jogo de empurra-empura.
Ao ser comunicado que a aeronave estava com problemas técnicos, o assessor para Assuntos Internacionais do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, aparentemente comemora ao fazer gestos obscenos.
E assim vão se passar os dias, explicações e mais explicações, sem nenhuma solução. As famílias irão enterrar seus mortos e tudo vai parecer um grande pesadelo.
E nós? Como disse nossa excelentíssima ministra do Turismo, Marta Suplicy, temos que “relaxar e gozar”.
Os aeroportos Salgado Filho e Congonhas trabalham em força total, apesar da frente fria que trouxe uma chuva fina, mas continua. Como de costume mais em grupo de pessoas vão fazer uma viagem de pouco mais de uma hora, de Porto Alegre até São Paulo.
No airbus A-320 da Tam, há 180 pessoas, entre funcionários e passageiros. Pessoas desconhecidas, com histórias diferentes, alguns viajam a negócios, estudos, férias ou apenas com a intenção de visitar um familiar.
O vôo 3054 decola às 17hs16 da capital gaúcha, mas ao chegar a metrópole paulista às 18hs40, o piloto não consegue pousar e tenta levantar vôo novamente. Tarde demais.
A aeronave sobrevoa a Av Washington Luiz, uma das mais movimentadas da capital e colide com o depósito de cargas da Tam, que funciona 24 horas por dia.
Uma grande explosão silencia a frenética São Paulo.
Bombeiros são acionados, tentam apagar o fogo e evitar maiores explosões. Funcionários da Tam Express gritam em busca de ajuda, o desespero faz com que alguns pulem do edifício em chamas.
A notícia se espalha por todo o mundo e a esperança de sobreviventes é aos poucos descartada.
200 é o numero de vitimas estipulado pelo Corpo de Bombeiros.
Representantes de outros países enviam mensagens de apoio ao presidente da República, que decreta três dias de luto.
Hipóteses são levantadas: falha humana? mecânica? más condições na pista de aterrissagem?
Um verdadeiro caos aéreo, que a menos de 11 meses tirou a vida de 154 pessoas que estavam no Boeing 737 da Gol, que se dirigia ao Rio de Janeiro e colidiu com o jato Legacy ao sobrevoar Amazônia. Acidente este que até o momento não tem explicações.
Até quando vamos suportar essa situação?
Quantas pessoas mais vão perder suas vidas devido à bagunça aérea no Brasil?
Digo bagunça, pois há um mês o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não há caos aéreo e sim o “aumento do fluxo de tráfego por causa da prosperidade do país”.
Que prosperidade é essa, que causa a morte de centenas de pessoas, atraso de vôos com mais de duas horas e que obriga seus funcionários a trabalharem 30 dias sem descanso?
Mas, há quem diga, que houve investimentos no aeroporto de Congonhas, afinal foram gastos cerca de R$ 30 milhões em sua última obra, que foi liberada no dia 29 de junho, mesmo sem o grooving, ranhuras que melhoram o escoamento de água e aumentam a aderência dos pneus do avião.
Será que é mais importante a preocupação com o conforto dos passageiros, que ficam horas esperando o embarque, do que a segurança de suas vidas? Por que não entregaram primeiro as ranhuras da pista, ao invés das melhorias nas salas de embarque que foram realizadas na primeira fase da obra?
Até quando o chamado “crescimento econômico” será mais importante que a vida dos brasileiros?
Congonhas foi inaugurado na década de 70, distante do centro urbano, tinha boa visibilidade e terreno que permitiria a construção de quatro pistas. Em 1990 tornou-se o aeroporto mais movimentado do país, cercado de prédios comercias e residências, atualmente funciona acima de sua capacidade, cerca de 18 milhões de passageiros por ano.
Culpados? Após o trágico acidente, assistimos a um verdadeiro jogo de empurra-empura.
Ao ser comunicado que a aeronave estava com problemas técnicos, o assessor para Assuntos Internacionais do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, aparentemente comemora ao fazer gestos obscenos.
E assim vão se passar os dias, explicações e mais explicações, sem nenhuma solução. As famílias irão enterrar seus mortos e tudo vai parecer um grande pesadelo.
E nós? Como disse nossa excelentíssima ministra do Turismo, Marta Suplicy, temos que “relaxar e gozar”.
domingo, 8 de julho de 2007
É o apocalipse!
Calma, não vou fazer nenhum discurso religioso ou algo do gênero, visto porque as religiões, hoje em dia também passam por um grande conflito existencial.
É que as coisas estão tão complicadas que estamos chegando ao fim da linha.
Nossas “crianças”, se assim posso classifica-las, estão cada dia mais violentas. E quando digo “crianças”, incluo a faixa etária dos 8 até os 18 anos. Apesar de que há algumas semanas, ouvi um pai dizer que seu filho de 23 aninhos, ainda era uma criança, após agredir uma mulher com a ajuda de seus amiguinhos, ao confundi-la com uma prostituta.
Além da onda de violência que vemos diariamente, encontramos atos de vandalismo praticado por adolescentes de sete, oito, nove, dez anos.
Agridem e ameaçam professores, colocam fogo no carro dos diretores, simplesmente por causa de uma nota baixa ou de uma reprovação.
A ultima que vi, foi um grupo de alunos de 5º a 8º série, que pisotearam a servente da escola de 67 anos, que teve os dois braços quebrados e lesões pelo corpo.
Há alguns anos (e bota anos nisso), nossas “crianças” jogavam pião, empinavam pipa e queriam ser jogadores de futebol, já brincavam de policia e ladrão, mas o personagem mais disputado era o policial. Hoje em dia enchem a boca pra dizer que são os bandidos da historia e que são os “donos do morro”.
E isso acontece em todas as classes, não venha me dizer que são apenas os meninos da periferia, pois os noticiários nos mostram outra realidade.
Ricos e pobres, brancos e negros, não importa, temos que por um basta nesta situação. Se há alguns anos dizíamos que as crianças seriam o futuro do nosso Brasil, pois trariam a prosperidade e a esperança para resolver os problemas deixados pelos adultos.
Hoje temos que pensar que se a nossa juventude continua do jeito que ta, violenta e alienada as coisas que as cercam, não teremos um futuro muito promissor.
Ah! Quero deixar claro que não estou generalizando, pois ainda há boas (ótimas) ovelhas no nosso rebanho.
E qual seria a solução?
O que nos já sabemos de trás pra frente...maior investimento na educação, esporte, saúde, planejamento família, etc,etc e etc.
Mas isso é assunto para outro dia...
Calma, não vou fazer nenhum discurso religioso ou algo do gênero, visto porque as religiões, hoje em dia também passam por um grande conflito existencial.
É que as coisas estão tão complicadas que estamos chegando ao fim da linha.
Nossas “crianças”, se assim posso classifica-las, estão cada dia mais violentas. E quando digo “crianças”, incluo a faixa etária dos 8 até os 18 anos. Apesar de que há algumas semanas, ouvi um pai dizer que seu filho de 23 aninhos, ainda era uma criança, após agredir uma mulher com a ajuda de seus amiguinhos, ao confundi-la com uma prostituta.
Além da onda de violência que vemos diariamente, encontramos atos de vandalismo praticado por adolescentes de sete, oito, nove, dez anos.
Agridem e ameaçam professores, colocam fogo no carro dos diretores, simplesmente por causa de uma nota baixa ou de uma reprovação.
A ultima que vi, foi um grupo de alunos de 5º a 8º série, que pisotearam a servente da escola de 67 anos, que teve os dois braços quebrados e lesões pelo corpo.
Há alguns anos (e bota anos nisso), nossas “crianças” jogavam pião, empinavam pipa e queriam ser jogadores de futebol, já brincavam de policia e ladrão, mas o personagem mais disputado era o policial. Hoje em dia enchem a boca pra dizer que são os bandidos da historia e que são os “donos do morro”.
E isso acontece em todas as classes, não venha me dizer que são apenas os meninos da periferia, pois os noticiários nos mostram outra realidade.
Ricos e pobres, brancos e negros, não importa, temos que por um basta nesta situação. Se há alguns anos dizíamos que as crianças seriam o futuro do nosso Brasil, pois trariam a prosperidade e a esperança para resolver os problemas deixados pelos adultos.
Hoje temos que pensar que se a nossa juventude continua do jeito que ta, violenta e alienada as coisas que as cercam, não teremos um futuro muito promissor.
Ah! Quero deixar claro que não estou generalizando, pois ainda há boas (ótimas) ovelhas no nosso rebanho.
E qual seria a solução?
O que nos já sabemos de trás pra frente...maior investimento na educação, esporte, saúde, planejamento família, etc,etc e etc.
Mas isso é assunto para outro dia...
sábado, 7 de julho de 2007
Ola!
Meu nome é Grasiele Maia, sou formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes. Agora estou cursando Designe Gráfico no E.T.E Carlos de Campos.
Decidi fazer um Blog, com a intenção de aperfeiçoar meus textos, graças ao conselho do meu colega Maurício.
Então os textos que serão postados aqui, não são de uma profissional, mas sim de uma recem-formada em jornalismo que quer melhorar sua forma de expressão.
Espero também disponibilizar, algumas fotos minhas.
Estou aberta as criticas e sugestões.
Meu nome é Grasiele Maia, sou formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes. Agora estou cursando Designe Gráfico no E.T.E Carlos de Campos.
Decidi fazer um Blog, com a intenção de aperfeiçoar meus textos, graças ao conselho do meu colega Maurício.
Então os textos que serão postados aqui, não são de uma profissional, mas sim de uma recem-formada em jornalismo que quer melhorar sua forma de expressão.
Espero também disponibilizar, algumas fotos minhas.
Estou aberta as criticas e sugestões.
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